Dis-moi je t'aime

Quando por dentro há uma obra do século, e por fora uma maquiagem impecável. Tudo parece brilhar, mas sob o iluminador há poeira e concreto. Aqui há amor com autotune, autoestima em alta e uma dança entre “seja forte” e “por que ele não escreve”. A voz soa como uma taça em um bar em Manhattan, mas em cada “la-la-la” há um nervo, como se você sempre prometesse a si mesma começar tudo do zero na segunda-feira, mas já é quarta-feira e os saltos grudam no asfalto. Um pouco de tristeza, um pouco de ousadia - e um mundo inteiro, onde até mesmo uma declaração de amor soa como a trilha sonora de um intervalo comercial entre “eu estou bem” e “na verdade, não”.