Last Living Souls

Às vezes parece que tudo ao redor se transformou há muito tempo em reflexos digitais - movem-se, falam, riem, mas como se estivessem no piloto automático. E por dentro - uma sala de espera vazia, onde ecoam os próprios pensamentos. Essa faixa soa exatamente daí: da fronteira entre a realidade e a simulação, onde a pergunta * “ainda estamos vivos?”* não soa trágica, mas quase cotidiana.

Tudo treme em uma pulsação lenta e rítmica, como uma lâmpada no porão que não consegue decidir se deve acender ou apagar. A música não exige resposta, ela apenas lembra: enquanto soa, está viva. Mesmo que seja um pouco no piloto automático.