Po cichu, na palcach

Aqui tudo acontece na ponta dos pés - como se qualquer movimento ruidoso pudesse assustar algo frágil e quase sagrado. O ar é denso, ligeiramente metálico, como antes de uma tempestade. O coração bate devagar, mas com persistência, apesar das fissuras. Porque até a dor às vezes soa bonita - se for pronunciada em sussurros.

Nessa música, os sentimentos parecem caminhar sobre gelo fino: com cuidado, mas com um estranho prazer. Aqui, você pode se permitir tremer com a proximidade, permitir que o medo faça parte da dança. E enquanto tudo desmorona ao redor, por dentro ainda arde uma chama. Pequena, teimosa, inextinguível.