Ashes

Como se alguém tivesse pegado novamente o velho isqueiro - não para acender o fogo, mas apenas para verificar se ainda funciona. A chama dispara, estala, cheira a uísque e ao passado. Tudo já deveria ter se consumido há muito tempo, mas, em vez disso, reacende-se - alto, teimosamente, com risadas roucas e cheiro de desgraça. Duas pessoas, duas faíscas, e cada uma tem certeza de que a culpa é da outra. E, no entanto, juntas - bonito, errado e, por algum motivo, vivo. Talvez não seja amor, mas química, que deixa o próprio diabo perplexo: como diabos eles ainda não viraram cinzas?