Medusa

Um ritmo sujo, a verdade nua e crua e um pouco de filosofia no fundo do copo. Aqui, a poesia de rua soa como a confissão de um homem que viu demais para acreditar em contos de fadas e percebeu muito cedo que o bem não paga as contas. Tudo através da fumaça, da raiva e da ironia, mas em algum lugar entre as rimas escorrega a melancolia, aquela que torna até mesmo um bandido vivo.

O mundo ao redor parece ter murchado de cinismo, mas por dentro ainda brilha uma centelha - a memória da infância, da mãe, daqueles que não sobreviveram. E em meio a todo esse caos, onde até os sentimentos são vendidos a granel, resta apenas uma verdade - sobreviver e não deixar de ver os sinais, mesmo que eles venham na forma de cicatrizes.