I NEED IT NOW

Às vezes parece que o tempo é uma moeda e alguém não pagou o salário novamente. Tudo arde, derrete, pulsa sob a pele, e o cérebro exige pelo menos um pouco de paz, pelo menos um minuto de silêncio. Mas o silêncio não chega - em vez disso, há batidas, calor, repetições, como se o coração tivesse ficado preso em uma única frase: “dê mais um segundo, dê pelo menos alguma coisa”.

Esse som cansa e cura ao mesmo tempo. Como o asfalto de verão sob os pés descalços: dói, queima, mas é vivo. Há algo de primitivo nesse ritmo - um grito pela necessidade de ser notado agora mesmo, antes que esfrie. E mesmo que a resposta seja apenas um eco - ainda assim, quero mais.