Descrição
A amargura aqui não é gritada - ela escorre silenciosamente pela batida, como se fosse pela borda de um copo, onde se depositou a última gota da antiga fé nas pessoas. Já se tentou tudo: compreender, perdoar, acreditar novamente - e tudo terminou da mesma forma. Agora, apenas a música sabe como extrair esse “excesso” para fora, sem drama nem pathos.
Na voz, há uma aceitação cansada, quase uma tranquilidade, como a de alguém que finalmente deixou de tentar explicar. Que as flores queimem, que a imagem se afogue na fumaça - que diferença faz, se as cinzas são mais bonitas do que a mentira. Resta cantar, beber e ver como a noite dissolve as velhas mágoas no ar aveludado. Talvez disso surja algo como uma cura - pelo menos parcial.
Letra e tradução
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