Chiens

Às vezes, a dor não precisa de violino e velas - basta rímel borrado e um tom de voz um pouco mais alto. Não se trata de sofrimento, mas de sobriedade: quando o amor se partiu ao meio e, com ele, as ilusões sobre o “para sempre”. Primeiro, dá vontade de quebrar louça e escrever longas mensagens em um acesso de raiva, mas depois surge uma estranha sensação de alívio. Afinal, deixar ir não é fraqueza, mas uma forma de autoestima. E sim, que os restos do passado fiquem para os “cães” - à frente, há uma nova vida, onde a máscara não escorre e os lábios não são pintados para alguém, mas simplesmente porque é bonito.