Chateau Blues

A faixa soa como um sonho estranho, onde o tempo está parado e não consegue decidir se deve passar num instante ou se prolongar para sempre. Parece haver luz, mas há sempre uma sombra ao lado, como se a imagem fosse incompleta e escondesse dentro de si aquele mesmo “olhar maligno” - um olhar que causa arrepios e curiosidade.

A música ora nos puxa para dentro, ora nos empurra, prometendo uma viagem para algum lugar “abaixo do drive”, onde é possível dormir, pular na água e se perder nos próprios pensamentos.

A sensação de leve ansiedade se mistura com o calor, e isso cria um estado paradoxal: solitário e aconchegante ao mesmo tempo. Como se fosse uma noite em que tudo já foi dito, mas você quer ficar em silêncio ainda mais.